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Uma das estratégias mais replicadas por países que
conseguiram sucesso nas ações de combate ao coronavírus foi a testagem em massa
de seus habitantes.
O Brasil quer promover essa massificação dos testes. Mas,
entre a vontade do governo federal em adotar essa medida e colocá-la em
prática, há alguns obstáculos que ainda não foram superados.
A surpresa pela rapidez com que a Covid-19 se disseminou no
país, à escassez de insumos e recursos físicos e humanos, também pesa a falta
de estratégia para a testagem em massa, além de um fator extremamente importante,
que é a falta de diálogo entre o governo federal com alguns estados do pais,
que estão tomando medidas próprias e causando o problema.
O virologista Eduardo Furtado Flores, professor de saúde
pública e epidemiologia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), aponta
três razões para a demora na testagem em massa e com facilidade no Brasil. A
primeira é que o país foi pego de surpresa, no início de março, com a chegada
do coronavírus e sua disseminação. Depois, faltou coordenação das autoridades
sanitárias dos estados para começarem a fazer a testagem. Por fim, faltaram insumos
dos produtos no mercado externo.
Quem mais sofre é a população carente, e diga-se de passagem
é a mais afetada. Para se ter acesso aos testes, as pessoas precisam chegar “morrendo”
nos postos de atendimento. Em muitos locais já tem denuncias que os testes
estão sendo direcionados a pessoas escolhidas. Isso é um reflexo da falta de
fiscalização necessária, e dos governantes estarem despreocupados.
(Com Gazeta do Povo)